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Inversão de acordes: confira o guia definitivo de estudo

A inversão de acordes é uma forma de reorganizar as notas de um acorde, seja ele formado tanto por uma tríade quanto por uma tétrade.

É colocar uma nota diferente da fundamental no baixo, ou nota mais grave de um acorde. Quer entender melhor como isso funciona? Então, vem com a gente! 🙂

Aprenda tudo sobre inversão de acordes

Você já deve ter visto alguma cifra em que uma letra é separada por uma barra com os outros detalhes do acorde, como A/G. Esse tipo de cifragem é usado para indicar inversão de acordes.

Antes de mais nada, precisamos entender que a formação de acordes acontece pela sobreposição de terças.

A partir da nota fundamental de uma escala, sobrepomos duas terças para obtermos um acorde formado por tríade e três terças no caso de acordes com tétrades.

Por exemplo, vamos sobrepor terças na escala maior natural de Dó.

Dó  Ré  Mi  Fá  Sol  Lá  Si  Dó

A partir da nota fundamental Dó sobrepomos uma terça (a nota Mi). Em seguida, adicionamos mais uma terça a essa nota Mi, chegando a nota Sol.

Assim, temos as notas Dó – Mi – Sol, em que: Dó é a nota fundamental, Mi é a terça e Sol é a quinta, ambas em relação à fundamental. Essa estrutura forma uma tríade — no caso, a do acorde C.

Agora, se sobrepormos uma terça à nota Sol, temos a nota Si, sendo a sétima em relação à fundamental Dó. Como resultado, temos as notas Dó – Mi – Sol – Si. Logo, essa estrutura forma uma tétrade, formando o acorde C7+.

Tipos de inversão de acordes

Apesar de termos analisado os acordes em contexto isolado — quando tocados em um único instrumento, como o teclado —, a inversão depende do arranjo completo da música.

Na prática, a inversão é definida pela nota mais grave que está sendo tocada naquele momento entre todos os instrumentos.

Imagine que a guitarra e o teclado estão tocando o acorde C normalmente (a nota Dó como a fundamental). Mas, se o baixo estiver tocando a nota Si, temos a terceira inversão.

Portanto, mesmo que a guitarra e o teclado estejam tocando o acorde C, a cifra desse trecho da música deve ser escrita como C/B.

Limitações práticas das inversões

Nem toda inversão funciona bem em determinados momentos de uma música. Um acorde tônico — cuja função é de resolução — pode ter uma sétima no baixo, mas como nota de passagem.

Isso porque, quando a sétima está no baixo, ela cria uma instabilidade que nem sempre soa interessante na hora de uma resolução.

Enarmonia nos acordes invertidos

Alguns acordes invertidos podem ter nomes diferentes e soarem iguais. Os acordes menores com sétima invertidos podem soar como acordes maiores com sexta.

Por exemplo, o acorde Am7 é formado pelas notas Lá (fundamental), Dó (terça menor), Mi (quinta justa) e Sol (sétima menor).

Já o acorde C6 é formado pelas notas Dó (fundamental), Mi (terça maior), Sol (quinta justa) e Lá (sexta maior).

Repare que o acorde de Am7 tem as mesmas notas de C6, a diferença é a sequência da tétrade e a nota fundamental.

Porém, se aplicarmos a primeira inversão no Am7, transformando-o em Am7/C, temos a seguinte sequência: Dó (terça menor, como baixo), Mi (quinta justa), Sol (sétima menor) e Lá (fundamental).

Note que temos a mesma sequência da tétrade de C6. Assim, o acorde Am7/C soa exatamente como o C6.

O ouvido humano tende a identificar um acorde usando como base sua nota mais grave e a função que o grupo de notas exerce naquele momento da música.

Se o baixo é a nota Dó, o ouvido tende a entender essa nota com alguma extensão — no caso, o acorde C6. Isso vale para qualquer acorde.

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Foto de Carlos de Oliveira

Carlos de Oliveira

Redator Web com especialização em SEO e escrita para blogs e redes sociais. Estrategista de conteúdo. Músico, compositor e colecionador de LPs, CDs e DVDs. Toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano e bateria. Escreve para o Cifra Club desde abril de 2022.

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